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Loading... Petrogrado Xangai: as duas revoluções do século XX (edition 2019)by Alain Badiou (Author), Célia Euvaldo (Translator)
Work InformationPetrogrado, Xangai (Portuguese Edition) by Alain Badiou
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Sign up for LibraryThing to find out whether you'll like this book. No current Talk conversations about this book. Curioso para saber se era realmente possível ter uma apreciação apreciação positiva da revolução cultural chinesa, pedi esse livrinho emprestado. Mas comecemos por Petrogrado e a revolução russa. Badiou, jogando dos caçadores coletores aos citadinos cosmopolitas no mesmo saco, fala de como esta revolução seria a inauguração da possibilidade de sairmos da civilização neolítica, para ingressar em uma fase em que levamos a sério a ideia de humanidade, insistindo na igualdade dos indivíduos, rumo a uma sociedade pós-neolítica, que pensa o que é a política, para além do acúmulo de poder. O nome desse movimento é, claro, comunismo. E se a ideia é grosseira (desconsiderando qq diferença antropológica e sociedades indígenas), ela também tem algo de simpático. Mas e sobre a revolução cultural? "Ser maoísta na França é fácil, quero ver ser maoísta na China". Badiou tenta então reorientar a apreciação do acontecimento se restringindo ao período inicial (1966-68), insistindo que era um momento de reconhecer que Estado e Partido não deveriam se confundir, e que havia uma infiltração pró capitalista dentro dos próprios dirigentes - que levariam a China para o capitalismo de estado dos anos pós-revolução. Que por isso era preciso romper com a rigidez dos dirigentes e implementar revoltas que resultassem em democracia direta; que essa participação efetiva do povo garantiria um controle do partido que impediria tendências conservadoras, sem causar uma guerra civil; que Mao não era bem uma pessoa, mas um significante vazio, que encampava essa luta; mas que esse nome também era usado por ambos os lados. Isso convence? Mais ou menos. O texto se esforça bastante para extrair dos acontecimentos a ideia positiva - emancipatória. E é verdade que há documentos da época que corroboram a leitura. Mas o fenômeno é muito mais perturbador e complexo que a ideia que ele poderia iluminar. Sobre a guarda vermelha e as políticas de ultra-cancelamento que ela promoveu: Badiou comenta como não se pode deixar jovens agirem na política por si só - como viram rapidamente iconoclastas e moralistas hipócritas. É uma cartada rápida, mas pensando aqui sobre a cultura do cancelamento da internet, talvez seja isso mesmo. Só isso? Apesar da ideia de separar as disputas ideológicas entre aquele entre inimigos e o entre as massas, o primeiro como um combate feroz e o segundo como um processo de debate e amadurecimento, havia ampla margem para que as pessoas deliberadamente vissem nas massas "pequenos burgueses mascarados" e disso seguiu o horror. ( ) no reviews | add a review
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