HomeGroupsTalkMoreZeitgeist
Search Site
This site uses cookies to deliver our services, improve performance, for analytics, and (if not signed in) for advertising. By using LibraryThing you acknowledge that you have read and understand our Terms of Service and Privacy Policy. Your use of the site and services is subject to these policies and terms.

Results from Google Books

Click on a thumbnail to go to Google Books.

Loading...

Os Escravos (1883)

by Castro Alves

MembersReviewsPopularityAverage ratingConversations
401626,773 (3.88)None
Os Escravos é um livro do Castro Alves, com temática centrada no drama da exploração dos escravos publicade em 1883.Resumo : Os Escravos é o título de um dos livros de poemas do escritor brasileiro Castro Alves, com temática centrada no drama da exploração dos escravos. Afrânio Peixoto registra que esta obra deu a Castro Alves, então o maior poeta lírico e épico do Brasil pelos livros Espumas Flutuantes e Hinos do Equador, o "renome de nosso único poeta social", e também como "poeta dos escravos" e "poeta republicano", no dizer de Joaquim Nabuco, e ainda o "poeta nacional, se não mais, nacionalista, poeta social, humano e humanitario", no dizer de José Veríssimo.[1]Peixoto ressalta que a obra propaga a causa abolicionista. Registra que seus primeiros versos pela libertação dos cativos datam de 1863, quando contava somente dezesseis anos de idade; a maioria deles, contudo, é de dois anos mais tarde, 1865, quando são publicados, declamados e divulgados em todo o país, antecedendo autores como Tavares Bastos e dando o prenúncio da geração que traria a luta pela causa anti-escravidão como um dos ideais a ser perseguido e somente alcançado duas décadas depois. José de Alencar, então, registrara, no artigo "Um Poeta" publicado em 22 de fevereiro de 1868, no Correio Mercantil: "Palpita em sua obra o poderoso sentimento de nacionalidade, essa alma que faz os grandes poetas, como os grandes cidadãos". Ruy Barbosa, no seu "Elogio de Castro Alves", de 1881, diz que o poeta nestes versos "...escreveu o poema da nossa grande questão social e da profunda aspiração nacional que a tem de resolver." E, mais, que reunia os "fragmentos admiráveis da grande obra de que seu escopro talhou apenas membros dispersos, mas que, não obstante, ficará sendo no Brasil 'o poema dos escravos'" (...) "o poema do desespero do escravo deve ser esse. Ali a cólera troveja imprecações de uma grandeza bíblica; a ironia chispa como o aço de um estilete; cada frase traspassa os algozes como a ponta ervada de uma seta. Aquela fronte elevadamente humana fez-se de fera, para sacudir o vilipêndio imerecido; e aos lábios, contrariados por um amargor incomparável, crer-se-ia ver assomarem-lhe a cada palavra laivos de sangue do coração, mortalmente retalhado...Extrato : Salve, noites do Oriente, Noites de beijos e amor! Onde os astros são abelhas Do éter na larga flor... Onde pende a meiga lua, Como cimitarra nua Por sobre um dólmã azul! E a vaga dos Dardanelos Beija, em lascivos anelos As saudades de 'Stambul.Salve, serralhos severos Como a barba dum Paxá! Zimbórios, que fingem crânios Dos crentes fiéis de Alá! ... Ciprestes que o vento agita, Como flechas de Mesquita Esguios, longos também; Minaretes, entre bosques! Palmeiras, entre os quiosques! Mulheres nuas do Harém!.Mas embalde a lua inclina As loiras tranças pra o chão Desprezada concubina, Já não te adora o sultão!Debalde, aos vidros pintados, Aos balcões arabescados, Vais bater em doudo afã... Soam tímbalos na sala... E a dança ardente resvala Sobre os tapetes do Irã!... A canção do africanoLá na úmida senzala, Sentado na estreita sala, Junto ao braseiro, no chão, Entoa o escravo o seu canto, E ao cantar correm-lhe em pranto Saudades do seu torrão ...Biografia do autor : Castro Alves (1847-1871) foi um poeta brasileiro. Nasceu na fazenda Cabaceiras, a sete léguas (42 km) da vila de Nossa Senhora da Conceição de "Curralinho", hoje Castro Alves, no estado da Bahia. Suas poesias mais conhecidas são marcadas pelo combate à escravidão, motivo pelo qual é conhecido como "Poeta dos Escravos". Foi o nosso mais inspirado poeta condoreiro. Era filho de Antônio José Alves e Clélia Brasília Castro.[1] Sua mãe faleceu em 1859.[1] No colégio, no lar por seu pai, iria encontrar uma atmosfera literária, produzida pelos oiteiros, ou saraus, festas de arte, música, poesia, declamação de versos. Aos 17 anos fez as primeiras poesias...… (more)
None
Loading...

Sign up for LibraryThing to find out whether you'll like this book.

No current Talk conversations about this book.

A obra de Castro Alves obteve sucesso de público e de crítica desde seu lançamento, e tornou-se um clássico; o poeta dos escravos levou o Romantismo a assumir novos contornos no Brasil. Publicado postumamente em 1883, Os escravos indica os laços de Castro Alves com a causa social tão pouco presente na literatura romântica brasileira. Ao longo de 34 poemas, o leitor entra em contato com o "condoreirismo" da terceira geração romântica: assim como um condor, em seu voo solitário e elevado, o poeta consegue fisicamente se distanciar da situação, alcançando o melhor ponto de vista para se reportar à sociedade, comovendo-a.
  biblioeetepa | Aug 29, 2019 |
no reviews | add a review
You must log in to edit Common Knowledge data.
For more help see the Common Knowledge help page.
Canonical title
Original title
Alternative titles
Original publication date
People/Characters
Important places
Important events
Related movies
Epigraph
Dedication
First words
Quotations
Last words
Disambiguation notice
Publisher's editors
Blurbers
Original language
Canonical DDC/MDS
Canonical LCC

References to this work on external resources.

Wikipedia in English

None

Os Escravos é um livro do Castro Alves, com temática centrada no drama da exploração dos escravos publicade em 1883.Resumo : Os Escravos é o título de um dos livros de poemas do escritor brasileiro Castro Alves, com temática centrada no drama da exploração dos escravos. Afrânio Peixoto registra que esta obra deu a Castro Alves, então o maior poeta lírico e épico do Brasil pelos livros Espumas Flutuantes e Hinos do Equador, o "renome de nosso único poeta social", e também como "poeta dos escravos" e "poeta republicano", no dizer de Joaquim Nabuco, e ainda o "poeta nacional, se não mais, nacionalista, poeta social, humano e humanitario", no dizer de José Veríssimo.[1]Peixoto ressalta que a obra propaga a causa abolicionista. Registra que seus primeiros versos pela libertação dos cativos datam de 1863, quando contava somente dezesseis anos de idade; a maioria deles, contudo, é de dois anos mais tarde, 1865, quando são publicados, declamados e divulgados em todo o país, antecedendo autores como Tavares Bastos e dando o prenúncio da geração que traria a luta pela causa anti-escravidão como um dos ideais a ser perseguido e somente alcançado duas décadas depois. José de Alencar, então, registrara, no artigo "Um Poeta" publicado em 22 de fevereiro de 1868, no Correio Mercantil: "Palpita em sua obra o poderoso sentimento de nacionalidade, essa alma que faz os grandes poetas, como os grandes cidadãos". Ruy Barbosa, no seu "Elogio de Castro Alves", de 1881, diz que o poeta nestes versos "...escreveu o poema da nossa grande questão social e da profunda aspiração nacional que a tem de resolver." E, mais, que reunia os "fragmentos admiráveis da grande obra de que seu escopro talhou apenas membros dispersos, mas que, não obstante, ficará sendo no Brasil 'o poema dos escravos'" (...) "o poema do desespero do escravo deve ser esse. Ali a cólera troveja imprecações de uma grandeza bíblica; a ironia chispa como o aço de um estilete; cada frase traspassa os algozes como a ponta ervada de uma seta. Aquela fronte elevadamente humana fez-se de fera, para sacudir o vilipêndio imerecido; e aos lábios, contrariados por um amargor incomparável, crer-se-ia ver assomarem-lhe a cada palavra laivos de sangue do coração, mortalmente retalhado...Extrato : Salve, noites do Oriente, Noites de beijos e amor! Onde os astros são abelhas Do éter na larga flor... Onde pende a meiga lua, Como cimitarra nua Por sobre um dólmã azul! E a vaga dos Dardanelos Beija, em lascivos anelos As saudades de 'Stambul.Salve, serralhos severos Como a barba dum Paxá! Zimbórios, que fingem crânios Dos crentes fiéis de Alá! ... Ciprestes que o vento agita, Como flechas de Mesquita Esguios, longos também; Minaretes, entre bosques! Palmeiras, entre os quiosques! Mulheres nuas do Harém!.Mas embalde a lua inclina As loiras tranças pra o chão Desprezada concubina, Já não te adora o sultão!Debalde, aos vidros pintados, Aos balcões arabescados, Vais bater em doudo afã... Soam tímbalos na sala... E a dança ardente resvala Sobre os tapetes do Irã!... A canção do africanoLá na úmida senzala, Sentado na estreita sala, Junto ao braseiro, no chão, Entoa o escravo o seu canto, E ao cantar correm-lhe em pranto Saudades do seu torrão ...Biografia do autor : Castro Alves (1847-1871) foi um poeta brasileiro. Nasceu na fazenda Cabaceiras, a sete léguas (42 km) da vila de Nossa Senhora da Conceição de "Curralinho", hoje Castro Alves, no estado da Bahia. Suas poesias mais conhecidas são marcadas pelo combate à escravidão, motivo pelo qual é conhecido como "Poeta dos Escravos". Foi o nosso mais inspirado poeta condoreiro. Era filho de Antônio José Alves e Clélia Brasília Castro.[1] Sua mãe faleceu em 1859.[1] No colégio, no lar por seu pai, iria encontrar uma atmosfera literária, produzida pelos oiteiros, ou saraus, festas de arte, música, poesia, declamação de versos. Aos 17 anos fez as primeiras poesias...

No library descriptions found.

Book description
Haiku summary

Current Discussions

None

Popular covers

Quick Links

Rating

Average: (3.88)
0.5
1
1.5
2
2.5
3 1
3.5 1
4 1
4.5
5 1

Is this you?

Become a LibraryThing Author.

 

About | Contact | Privacy/Terms | Help/FAQs | Blog | Store | APIs | TinyCat | Legacy Libraries | Early Reviewers | Common Knowledge | 206,462,265 books! | Top bar: Always visible