Gibson, após passar por trilogias futurísticas e de ficção-científica do tempo presente, enreda nosso presente no futuro, comentando assim sobre nosso estado atual de início de crise climática e suas possíveis consequências, e levando em conta os nossos ânimos político-empresariais cleptocratas/feudais. Essa ansiedade de ver-se atrelado a um futuro catastrófico é manejada com marcas características do autor: duas narrativas entrecortadas que se encontram cada vez mais, em um enredo detetivesco, com armas exuberantes, a presença de caprichos de milionários, a excentricidade dos desejos e sua ligação com a arte, e o final feliz. Há ótimas ideias - a boa utilização do tropo da viagem do tempo (corretamente caracterizado pela teoria dos mundos possíveis), a realidade aumentada dos periféricos humanóides, o próprio jackpot (a catástrofe multifacetada e arrastada). Há personagens interessantes como Wilf, Flynne e Ash, mas há muitos e alguns ficam relegados a segundo plano de modo não muito convincente. O tempo do livro é bastante rápido, com um clima de pílulas pop, mas o enredo rocambolesco parece com isso perder um pouco da força, por não deter-se em nenhum desenvolvimento maior.

Ps: a série também é legal, mas há a estranha sensação de similaridade com suficiente diferença que acaba fazendo com que ambas as obras se atrapalhem, como universos paralelos - a série aliás, desenvolve melhor os personagens, a custo da narrativa, que não descamba totalmente, mas se perde um pouco em incongruências televisivas. ( )

Pretty slow start but very engaging story by the end.

Neuromancer had clumsy enough prose that I never finished it, but Gibson, here, is sharp. The Peripheral reads more like a fast-moving procedural than a sci-fi story. It is chock full of ideas and philosophy, much of which is rewarding for later complemplative thought, but which doesn't particularly slow down the narrative while you are reading, which is a high compliment for something on the edge of hard sci-fi.

The characters are lots of fun, enough so that the TV adaptation literally jettisoned 90% of the narrative and still worked reasonably well (even if it inevitably turned nonsensical). ( )

too many characters ( )

I loved every page of The Peripheral. ( )